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Mazai

"A felicidade encontra-se ao longo do caminho, não no fim da estrada." - Sol Gordon

Mazai

"A felicidade encontra-se ao longo do caminho, não no fim da estrada." - Sol Gordon

05.Abr.21

Leituras de Março

Em Março li apenas 2 livros,  mas foram 812 páginas.  

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Numa idílica ilha frente a Fjallbacka houve em tempos um colégio, propriedade de uma família que, no domingo de Páscoa de 1974, desapareceu deixando para trás uma bebé de meses. Na altura, o mistério deixou a Polícia perplexa: o que poderia levar os pais a abandonarem uma bebé? Teriam sido raptados? Assassinados? Apesar dos esforços das autoridades locais não foi encontrado rasto da família nem qualquer explicação plausível para o sucedido. A bebé, Ebba, foi entregue a uma família que a acolheu e educou e a investigação foi arquivada.

Agora, muitos anos depois, Ebba regressa à ilha com o marido. Acabaram de perder o seu único filho e tentam começar uma nova vida restaurando o velho colégio abandonado. Porém, com a chegada de Ebba à Ilha, regressam também os estranhos acontecimentos: primeiro há uma tentativa de pegar fogo à casa, depois de atingir Ebba a tiro. Chamado a investigar, Patrik Hedström conta involuntariamente com a ajuda da sua mulher Erica, que decide pesquisar por conta própria o desaparecimento que desde sempre lhe despertou curiosidade, talvez a pensar no enredo de um próximo livro.

Patrik e Erica não se poupam a esforços, mas, para manter o passado enterrado, há quem esteja disposto a dificultar-lhes a vida.

Opinião: É realmente uma leitura viciante, e não se descansa enquanto não se chega ao fim. Várias histórias entrelaçam-se e adensa o mistério até ao fim. Recomendo para quem gosta de livros de mistério e policiais.

 

Assim Falou Zaratustra - Livro - WOOK

 

A terrível força vital que se desprende de cada uma das páginas escritas por Nietzsche, continua ainda hoje a influir nos caminhos do pensamento contemporâneo. Desde que em Assim Falava Zaratustra foi enunciada a teoria mística do «super-homem», grande parte do pensamento europeu não fez outra coisa que não fosse procurar afirmar na realidade a visão fantástica do filósofo alemão. Na verdade, se examinarmos o quadro evolutivo da poesia europeia (e mundial), é o super-homem que encontramos a latejar em cada verso, um super-homem nietzscheano na sua essência, mas que não consegue encontrar a musculatura e o sistema nervoso mais adaptados à sua função. É este terrível desencontro ocorrido na poesia que devemos alargar às outras formas de pensamento, para podermos desenhar o gráfico da influência exercida por Nietzsche.

Opinião: Livro muito denso. Já o tinha lido no final da minha adolescência e agora decidi ler novamente. Acho que me fazia mais sentido e fascinou mais na altura do que agora.